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Vida publica & privada



Na minha vida pública tenho de engolir sapos numa base diária. A vida pública, regra geral, é assim mesmo, e, se até o próprio Sócrates tem de vir pedir desculpa por acender um cigarrito num voo intercontinental, imagine-se o que não tem um tipo absolutamente comum de fazer no seu dia à dia. Isso é na minha vida pública.

Na minha vida privada, contudo, as coisas são diferentes. O último território onde o homem moderno pode (ainda) estabelecer o principado da sua independência é o da sua vida íntima.

Não passo cartão dos meus actos na minha vida privada a ninguém. Não cometo quaisquer crimes privados que possam ser extrapolados para o direito público.

Escrevo o que quero, quando quero e sobra-me tempo. Não ponho os cornos à minha parceira, não vendo amigos nem troco família. Por isso não me queiram vender arquétipos comportamentais; não me queiram impor cabrestos.

Caso contrário, terei de vos mandar para a puta que vos pariu. É essa, talvez, a maior diferença entre a vida pública e a vida privada: na primeira não podemos explodir, na segunda essa é sempre uma possibilidade diária.

Voltasti! E nã mudasti nada, eheheheh.

Beijo

Pois! Faz parte da «persona» :-)))

É uma boa definição de riqueza. Ser rico é poder mandar p'ra puta que pariu quer na vida privada, quer na vida pública.

Peço desculpa senhor embaixador, mas não resisto, terá que ter em linha de conta que, on and on, é apenas mais uma metáfora na parede. ^_^

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