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Perspectiva nocturna




Esta noite sonhei que me sentei e que comecei a escrever de novo. Puro engano. Acordei com um travo amargo na boca e as pálpebras pesadas e desejei não ter sonhado o que sonhei e não ter vencido o que perdi e não gostar de morder a minha vida a correr num abraço que ficou por dizer ou seria um chuto que não dei ou uma vontade de dizer que estou morto e que gosto de morrer. Depois, ergui-me, abri a janela deixei entrar o ar fresco da noite e percebi que afinal tudo não passou de egoísmo: o egoísmo da minha perspectiva doente.

O egoísmo nem sempre é mau. Há momentos que isso é tudo o que podemos ser: egoístas.

Fica bem

Hmm. Acho que o egoísmo é humano, embora seja tendencialmente negativo.

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